segunda-feira, 25 de junho de 2012

e esse vazio que nada preenche...


essa falta insana que voce me faz...
esse fascinio que  ofusca minha lucidez e sensatez...
esse calor que arde em chamas no meu peito
saudade que sufoca e suprime o ar do meu peito...
essa vontade incessante de ter voce...
sentir voce...amar voce
Me alimento de sonhos,
me enfeito de ilusões
me acalmo na esperança
de um breve reencontro
e assim, tatuar minha paixão com um doce beijo seu.
        (Madame Lê)

domingo, 24 de junho de 2012

...se eu pudesse me resumir???

Sou composta por urgências
minhas alegrias são intensas
minhas tristezas, absolutas. 
Me entupo de ausências, 
me esvazio de excessos.
Eu não caibo no estreito, 
eu só vivo nos extremos. 
Eu caminho, desequilibrada, 
em cima de uma linha tênue 
entre a lucidez e a loucura. 
De ter amigos eu gosto ...
porque preciso de ajuda pra sentir, ...embora quem se relacione comigo 

saiba que é por conta-própria e auto-risco. ...O que tenho de mais obscuro, 
é o que me ilumina. ..


E a minha lucidez é que é perigosa ... 
Se eu pudesse me resumir, 
diria que sou irremediável!



sábado, 23 de junho de 2012

NÃO BASTA EXISTIR... É PRECISO VIVER

Não basta existir, é preciso viver. E viver é muito mais que existir.



Viver implica aprender e, para ser aprendiz, é preciso humildade para reconhecer a própria ignorância.

Viver implica educar-se para o amor, e, amando e amado, experimentar a angústia de saber-se iluminado sem sentir-se luz, vivenciando as dores e as venturas de sentir-se completo sem poder ser pleno.

Viver implica movimento. E não há movimento sem esforço e atrito.
A vida é dinâmica, jamais se estanca. Vibra serena e sem pressa, embora nunca pare para esperar quem ignore seu ritmo.

Para existir, basta estar. Para viver, é preciso ser, por inteiro. E para viver, ainda que existindo, é preciso ser estar e estar, num ser único.

Viver implica acreditar-se imortal e eterno, mesmo sabendo que nada é permanente.

Viver implica progredir, ir adiante, avançar.

Viver é existir de todas as formas e em todas as dimensões, amando cada uma delas.

Para viver, não basta ver, ouvir, pensar e falar, pois estas são manifestações da existência. Para viver, é preciso sentir, mergulhar em si mesmo e sair, novamente, para observar-se sem paixão.

Viver implica iluminar-se e, sob a luz da própria consciência, apontar os próprios defeitos e limites.

Viver implica assumir a responsabilidade pelos próprios atos, transformando-os todos em gestos de amor e compaixão.

Viver implica conhecer-se, profundamente, e, ciente de si, deixar de enganar-se, trabalhando para mudar aquilo que não está bem.

Viver implica reconhecer, no universo, o próprio lar; nas humanidades cósmicas, a própria família; na criação infinita, o próprio berço; e na natureza a própria saúde e o único sustento.

Não há vida sem troca, não há troca sem perdas, não há perdas sem ganhos, não há ganhos sem lutas, não há lutas sem dor, não dor sem razão; e não razão fora da vida.

Viver é muito mais que existir, mas ninguém aprende a viver plenamente sem existir, muitas vezes, de muitas maneiras.

Viver é transcender o que se pensa saber da vida, para assimilar-lhe a verdadeira sabedoria.

Viver implica arriscar-se. E o maior risco é errar.

Mas viver também implica estar certo. E a maior certeza é a de que, a cada erro, mais se pode aprender.

Para existir basta ter sangue nas veias e ar nos pulmões. Para viver, no entanto, é preciso sangrar e sufocar-se de tanto amor.

Na existência, há apenas meias verdades e grandes mentiras, enquanto a vida no conduz ao coração da única verdade absoluta.

Viver é manifestar-se sem tempo ou espaço; é ser fogo ardendo sempre, sem se queimar; é verbo que não se conjuga, apenas se pratica; é palavra que não se define, apenas se diz; é conceito que não se explica, apenas se vive.

Viver é estar no todo, sendo tudo, sem nunca esgotar-se.

Quem vive, canta por dentro, a despeito do silêncio exterior. Quem vive, existe em todos os lugares, sem pertencer a nenhum. Quem vive, busca, em si mesmo, o que deseja para o seu caminho e, quando encontra, volta a buscar.

Quem vive, não vê morte, apenas transformação; não morre, transmuta-se para a vida; não nasce, apenas passa pela morte para viver.

Viver é ir mais, mudar sempre, virar-se e revirar-se, buscar o próprio avesso, sem saber onde fica o direito.

Viver é enxergar a luz, mesmo nas sombras, e criar luz nas próprias trevas.

Viver é expandir a própria existência para além dos limites imaginados.

Viver é doar-se, sem pedir; é ceder, sem resistir; é entregar-se, sem recear.

Quem vive, renasce um novo ser todos os dias.

Quem vive, tem a própria existência traçada a lápis e recria o próprio destino, minuto a minuto, com a borracha da sabedoria e do perdão.

Quem vive, não sabe o caminho ou quando chegará, para sabe para onde está indo.

Quem vive, continua na morte e recria-se ao nascer, sabendo que é preciso morrer para nascer e é preciso existir para morrer.

Viver é ter na própria consciência uma única história, representada por milhares de faces, nomes, episódios de milhares de existências.

Para viver, não basta existir, pois existir é pouco para um ser que nasceu para ser Deus.

amar de longe também é bom...

"me arrisco a dizer que relacionamentos à distância são mais fortes que todos. a saudade aperta, as horas não passam, o telefone parece insuficiente e o coração quase desiste. mas quando se reencontram é como se nada importasse mais do que aquele momento. é como se todos abraços e beijos do mundo não fossem suficientes. é como se a saudade inundasse no peito e transbordasse em alegria. ficar juntos é a recompensa por aguentar tanto tempo separados."



..não desisto ainda

É triste saber que um dia vou ver você passar e não sentir cada milímetro do meu corpo arder e enjoar. É triste saber que um dia vou ouvir sua voz ou olhar seu rosto e o resto do mundo não vai desaparecer. O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim.
Meu amor está cansado, surrado, ele quer me deixar para renascer depois, lindo e puro, em outro canto, mas eu não quero outro canto, eu quero insistir no nosso canto.
Eu me agarro à beiradinha do meu amor, eu imploro pra que ele fique, ainda que doa mais do que cabe em mim, eu imploro pra que pelo menos esse amor que eu sinto por você não me deixe, pelo menos ele, ainda que insuportável, não desista

Eu pretendia ser normal. Então ficou um tédio e eu voltei a ser a louca de sempre

A vida nem sempre é real.




"Sorria, brinque, chore, beije, morra de amor, sinta, sonhe, grite e, acima de tudo, viva. 
O fim nem sempre é o final. 

 vida nem sempre é real. 


A roda nem sempre é gigante.
O passado nem sempre passou.
O presente nem sempre ficou.
E o hoje nem sempre é agora.
Tudo o que vai, volta.

E se voltar é porque é feito de amor.”

sexta-feira, 22 de junho de 2012

...e se ninguém der pela minha falta?

Para que lado eu dobro se quiser sair deste engarrafamento 
de emoções, se quiser ter um relacionamento único e estável, um amor que me resgate dos arranques e das freadas súbitas deste meu coração mal-regulado? 
Às vezes dá vontade de encostar o carro e fazer este tipo de pergunta para o casalzinho apaixonado que está aos beijos na parada de ônibus. 
Devo seguir em frente, sempre pelo mesmo caminho? 
Tenho vontade de entrar numas ruas sem saída, descobrir o que elas escondem, mas e se eu me atrasar, e se eu me perder, e se ninguém der pela minha falta? 





quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vazio...




A noite é como um olhar longo e claro de mulher.
Sinto-me só.
Em todas as coisas que me rodeiam
Há um desconhecimento completo da minha infelicidade.
A noite alta me espia pela janela
E eu, desamparado de tudo, desamparado de mim próprio
Olho as coisas em torno
Com um desconhecimento completo das coisas que me rodeiam.
Vago em mim mesmo, sozinho, perdido
Tudo é deserto, minha alma é vazia
E tem o silêncio grave dos templos abandonados.
Eu espio a noite pela janela
Ela tem a quietação maravilhosa do êxtase.
Mas os gatos embaixo me acordam gritando luxúrias
E eu penso que amanhã...
Mas a gata vê na rua um gato preto e grande
E foge do gato cinzento.
Eu espio a noite maravilhosa
Estranha como um olhar de carne.
Vejo na grade o gato cinzento olhando os amores da gata e do gato preto
Perco-me por momentos em antigas aventuras
E volto à alma vazia e silenciosa que não acorda mais
Nem à noite clara e longa como um olhar de mulher
Nem aos gritos luxuriosos dos gatos se amando na rua. 

...eu quero assim:

[...]Quero ter mais gentileza com os meus sentimentos. Com todos eles, sem exceção. Quero ter mais habilidade para ouvir o que têm pra me contar, sem tentar abafar a voz daqueles que podem me trazer desconforto. Quero deixar que se expressem, exatamente com a cara que têm. Que me façam surpresas. Que me apontem as mudanças que já aconteceram e me falem sobre aquelas que pedem para acontecer. Quero que me mostrem as regiões ainda feridas em mim que precisam de olhar, de cura ou de perdão. Não quero sentimento acuado, amordaçado, varrido pra debaixo do tapete. Quero ser a melhor confidente de cada um.

domingo, 10 de junho de 2012

Só você... Só você...

Só você faz meu coração bate rapido...
Só você faz meu coração bate lento...
Só você faz ele bate rapido e lento ao mesmo tempo
Só você
Me faz ficar, de perna bamba
Quando sorri, seu sorriso me encanta
Me faz gostar mil anos de você só por esperança

Só você...
Me faz olhar pro teto a noite inteira, pensando em
você
E perguntar para as estrelas e pra lua se um dia vai
acontecer 

Só você ...
Me faz ter fé, e acreditar no que não se pode ver